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Ruralidades

É na memória, na sua recolha, conservação e difusão que assenta o projeto “Memória na
(re)construção da identidade” consubstanciando-se na construção participativa de um
painel de azulejos e na criação de uma curta-metragem na e com a comunidade de
Santiago do Escoural.
O projeto tem como base três dimensões importantes: a dimensão de investigação, a
dimensão social e a dimensão artística. A comunidade é envolvida na prática artística
sendo co-criadora no processo: a vila de Santiago do Escoural conta-se pela voz dos que
a habitam, molda-se pelas mãos dos que acreditam, dos que trabalham e dos que
sonham. Os moradores tornam-se contadores de histórias e o velho, esse, volta a vestir a
pele do guardião da memória, do zelador da identidade, desconstruindo-se estereótipos e
preconceitos que o diminuem e desvalorizam. Sem memória não há História; sem História
não há identidade. Sem memória não há futuro.

“(...) Existo onde me desconheço
aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro (…)”

(Couto, M. (1999), “Identidade”, in Raiz de orvalho e outros poemas)

E esse ato de relembrar e de perpetuação da memória acontece, então, de forma
cinematográfica e através da azulejaria.
Painel “Recortes da memória”
Integrado no projeto “A memória na (re)construção da identidade”
Direção e coordenação: Alexandra de Jesus

Inauguração dia 14 de Outubro nos Lavadouros de São Brissos, Escoural
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Os habitantes da freguesia de Escoural são convidados a participar no desafio de
construir um painel de azulejos com as suas próprias mãos e habilidades. Numa viagem
de impressões e emoções, artista e participantes partilham histórias e memórias que
ganham primeiro corpo no papel e depois no azulejo. Os recortes em papel são recortes
da memória individual que muitas vezes se entrelaça com a memória coletiva.
Neste projeto, o azulejo de produção artesanal surge como recurso cocriativo para
expressão de afetos, de vivências pessoais, de relações entre uma população e um
território, como um lugar de memória e como um material com potencial para a
mobilização comunitária.


Ficha técnica:
Direção e coordenação: Alexandra de Jesus | Artista: Renata Bueno | Com a participação
de: comunidade de Santiago do Escoural ( Alexandrina Falcão; Afonso Guindaça; António
Farrica; Bárbara Anes; Bernardo Mira; Bernardo Santos; Carmen Carvalheira; Clara dos
Santos; Clara Mira; Cláudia Cardos; Conceição Bréu; Conceição Falcão; Custódia
Barbado; Davide Sturla; Edilberta Jesus; Eulália Vinhas; Flamino Mendes; Florinda
Vaqueirinho; Francisca Carrilho; Francisca Geraldo; Francisco Mira; Gertrudes Fadista;
Gustavo Anes; Helena Camelo; Idília Galhanas; Iris e Bianca; Teresa Canivete; Joana
Preguiça; Tomásia Bicho; Helena Peixeiro; Maria Isabel Picamilho; Jesuína Lavado; Joana
Cangalhas; Joana Marmeleira; João Correia; Josefa Mira; Laureana Quaresma; Lourenço
Rabino; Mafalda Maximino; Nicole Barreiros; Paula Galhanas; Ricardina Macau; Rufino
Camelo; Rute Pereira; Simão Artur; Sílvia Pereira; Sophia Oliveira e Umbelina Pisco) |
Técnica/ material: pintura em azulejo | Dimensão: 2,24m x 3,50m | Data: 2023

Agradecimentos:
Associação de proteção social à população de Santiago do Escoural;
colaboradores da Junta de Freguesia (Francisco Agulha e Joaquim Lopes), Teresa
Canivete, Rosa, Ana e o ATL Escouralinhos

Uma produção: TRIMAGISTO
Financiado por: Dgartes, Município de Montemor-o-Novo e Junta de Freguesia de
Santiago do Escoural
Parceiros: Associação Amigos Unidos pelo Escoural e Oficina da Terra e da Cerâmica –
Oficinas do Convento
“Cine Escouralense” (curta-metragem)
Antestreia dia  14 de Outubro no Escoural
30 min. | digital/cor
Realização: Alexandra de Jesus e Maria Joana Figueiredo
Integrado no projeto “A memória na (re)construção da identidade”

Pela riqueza e generosidade dos testemunhos, pela singeleza, graciosidade e também
crueza das imagens, “Cine-Escouralense” é um filme que tem na poesia e na vida dos
habitantes do Escoural o seu sustento, mergulhando no imaginário de uma comunidade e
na sua relação com o cinema.

“Cine-Escouralense” é sobre a vivência e lembrança do antigo cinema da vila, espaço de
exibição de filmes, de espetáculos de variedades, de bailes, de casamentos e de festas
da escola, que encerrou nos anos 80 do século XX.
Hoje, o seu nome continua cravado no betão, sem possibilidade de esquecimento. Em
Santiago do Escoural viu-se cinema e viveu-se o cinema. Este filme pretende contar um
pouco dessa história, a história de uma vila e de um tempo em que "o cinema era aquilo
que havia na vila. Era um entretenimento!”


Ficha técnica:
Realização: Alexandra de Jesus e Joana Figueiredo | Argumento: Alexandra de Jesus e
Joana Figueiredo | Recolha de informação: Alexandra de Jesus | Elenco: Adalgiza
Salvador; Adelaide Vida; António Maria Jorge; Conceição Falcão; Edilberta de Jesus;
Francisca Geraldo; Francisco Romero; Guilhermina Grenha; Joana Cangalhas; Manuel
Ferro; Maria Emília Risso e Umbelina Pisco | Música: Carlos Marques | Filmagens,
montagens e edição de som: Joana Figueiredo | Making of: Patrícia Neves | Ano: 2023 |
Duração: 30 minutos

Agradecimentos:
Biblioteca Almeida Faria; Cineclube & Filmoteca de Montemor-o-Novo;
Oficinas do Convento; Ana Fialho; Alexandre Costa Lopes; Idalete Lebre; Laureana
Quaresma; Pedro Conceição, Rosa Dias e Teresa Canivete.

Uma produção:
TRIMAGISTO
Financiado por:
Dgartes, Município de Montemor-o-Novo e Junta de Freguesia de
Santiago do Escoural
Parceiros:
Associação Amigos Unidos pelo Escoural, Arca – Festival de Cinema; Arquivo
Municipal de Montemor-o-Novo; Oficinas do Convento
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